Antropologias que atravessam
um diálogo entre práticas antropológicas com e sem disciplina
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v6i2.124Palavras-chave:
Tupinambá de Olivença, zapatistas, antropologias críticas, práticas antropológicasResumo
Este artigo tem o objetivo de realizar um diálogo simétrico entre as práticas categorizadas na “palavra” e no “silêncio” dos zapatistas, com as quais esses indígenas privilegiam a produção de suas relações, e alguns dos esforços no interior das ciências sociais e da antropologia que refletem sobre o lugar privilegiado do seu saber na sua produção, pelas relações com os interlocutores de suas pesquisas. As consequências desse diálogo são aqui apresentadas numa reflexão final sobre a categoria de “estar na cultura” dos Tupinambá de Olivença, com a qual eles replicam o lugar conferido como “menos índios e aculturados” no contexto atual do Brasil. O objetivo é imaginar alguns deslocamentos conceituais, epistemológicos e políticos da prática antropológica.
Referências
CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 2009. Cultura com aspas: e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago. 2005. “Ciências sociais, violência epistêmica e o problema da ‘invenção do outro’”. In: E. Lander (org.), A colonialidade do saber eurocentrismo e ciencias sociais: perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO. PP. 169-186.
CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón. 2007. “Giro decolonial, teoría crítica y pensamiento heterárquico”. In: S. Castro-Gómez & R. Grosfoguel (orgs.), El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Colombia: Universidad Javeriana/Instituto Pensar/Universidad Central-IESCO/ Siglo del Hombre Editores. pp. 9-23.
COMITÉ CLANDESTINO REVOLUCIONÁRIO INDÍGENA. COMANDÂNCIA GERAL DO EXÉRCITO ZAPATISTA DE LIBERTAÇÃO NACIONAL. 1995. 12 de octubre de 1995. México: Comité Clandestino Revolucionário Indígena. Disponível em: <http://enlacezapatista.ezln.org.mx/1995/10/12/hoy-12-de-octubre-hace-503-anos-que-nuestra-palabra-y-nuestro-silencio-empezaron-a-resistir/>. Acesso em: 30 nov. 2015a.
______. 2003. A la organización político-militar vasca Euskadi Ta Askatasuna (ETA). México: Comité Clandestino Revolucionário Indígena. Disponível em:<http://enlacezapatista.ezln.org.mx/2003/01/09/respuesta-a-la-organizacion-politico-militar-vasca-euskadi-ta-askatasuna-eta/>. Acesso em: 30 nov. 2015.
DUSSEL, Enrique. 1992. 1492: el encubrimiento del otro: hacia el origen del “mito de la modernidad”: conferencias de Frankfurt, octubre de 1992. Santa fe de Bogotá: Ediciones Antropos.
______. 2005. “Europa, modernidade e eurocentrismo”. In: E. Lander (org.), A colonialidade do saber eurocentrismo e ciencias sociais:perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO. pp. 55-70.
ESCOBAR, Arturo. 2010. Territorios de diferencia: lugar, movimientos, vida, redes. Bogotá: Envión Editores.
FABIAN, Johannes. 2013. O Tempo e o outo: como a antropologia estabelece seu objeto. Rio de Janeiro: Vozes.
GROSFOGUEL, Ramón. 2007. “Descolonizando los universalismos occidentales: el pluriversalismo transmoderno decolonial desde Aimé Césaire hasta los zapatistas”. In: S. Castro-Gómez & R. Grosfoguel (orgs.), El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Colombia: Universidad Javeriana/Instituto Pensar/Universidad Central-
IESCO/Siglo del Hombre Editores. pp. 63-78
LANDER, Edgardo (org.). 2009. A colonialidade do saber eurocentrismo e ciencias sociais: perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO.
MEJÍA, Ernenek. 2012. “Estar na cultura”: os Tupinambá de Olivença e o desafio de uma definição de indianidade no Sul da Bahia. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas.
MONTEIRO, John M. 2001. Tupis, Tapuias e historiadores: estudos de história indígena e do indigenismo. Tese Livre-Docência, Universidade Estadual de Campinas.
QUIJANO, Anibal. 2005. “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”. In: E. Lander (org.), A colonialidade do saber eurocentrismo e ciencias sociais: perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO. pp. 227-278
RIVERA CUSICANQUI, Silvia. 2010. Ch’ixinakax utxiwa Una reflexión sobre prácticas y discursos descolonizadores. Buenos Aires: Tinta Limón.
STRATHERN, Marilyn. 1987. “The limits of Auto-Anthropology”. In: A. Jackson, Anthropology at home. London: Tavistock Publications. pp. 16-37.
______. 2006. O gênero da dadiva problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na Melanésia. Campinas: UNICAMP.
VIEGAS, Susana M.; PAULA, Jorge L. 2009. Relatório circunstanciado de identificação e delimitação da terra indígena Tupinambá de Olivença. Ilhéus: FUNAI.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1999. “Etnologia brasileira”. In: S. Miceli (org.), O que ler na ciência social brasileira: 1970-1995. São Paulo: Editora Sumaré/ANPOCS.
______. 2010. Metafísicas caníbales líneas de antropología postestructural. Buenos Aires: Katz.
WALLERSTEIN, Immanuel M. 1979. El Moderno sistema mundial. Madrid: Siglo XXI.
WAGNER, Roy. 2010. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify.
WOLF, Eric. 1987. Europa y la gente sin historia. México: Fondo de Cultura Económica.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 Revista de Antropologia da UFSCar
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.