Imitação e transformação ou a criatividade Macuxi

Autores

  • Felipe Munhoz Martins Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.52426/rau.v12i1.338

Palavras-chave:

Macuxi, forró, etnologia indígena, cultura, práticas musicais

Resumo

Entre os Macuxi, situados, em sua maioria, sobre as savanas e serras da bacia do Rio Branco, é possível ouvir uma miríade de composições musicais. No entanto, desde mais ou menos a segunda metade do século XX, as composições com ritmos de forró têm sido as mais frequentemente apreciadas. A difusão desses ritmos musicais nordestinos, bem como de outros ritmos e práticas musicais exógenos no cotidiano macuxi, remonta ao final do século XIX. Com a intensificação da migração colonial na região, em decorrência da expansão da pecuária bovina sobre os campos naturais do Rio Branco, e mais tarde, em meados do século XX, em razão do garimpo de ouro e diamantes, as populações indígenas se viram forçadas ao contato mais intensivo com os forasteiros. A partir de uma análise sumária das principais práticas musicais macuxi, buscaremos refletir sobre o processo criativo dessa população, com o fito de compreender as transformações operadas pelos Macuxi ao incorporarem o forró, bem como os desdobramentos políticos e simbólicos que tal procedimento criativo acarretou. Daremos especial atenção à manipulação do conceito de “cultura”, colateralmente relacionado ao processo criativo dos Macuxi, sobretudo no que diz respeito às suas estratégias de resistência política e cosmológica.

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Publicado

01-06-2020

Como Citar

Fernandes, F. M. M. (2020). Imitação e transformação ou a criatividade Macuxi. Revista De Antropologia Da UFSCar, 12(1), 199–234. https://doi.org/10.52426/rau.v12i1.338

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