Golpe Branco

Autores

  • Miguel Vale de Almeida

DOI:

https://doi.org/10.52426/rau.v8i2.167

Palavras-chave:

Golpe branco, democracia, Brasil

Resumo

Houve golpe? No “terreno” poderíamos ouvir opiniões concordantes ou discordantes. Mas uma condição discursiva foi estabelecida, os termos do debate são em torno do “golpe” e, nesse sentido, houve sim (outra questão seria esclarecer a minha opinião política pessoal – e ela é concordante). O que a situação brasileira parece sugerir é a sua inserção possível numa análise das crises, em particular das crises políticas e de representação. Paralelamente, poder-se-ia inseri-la também numa análise, desde logo comparativa, dos golpes – uma antropologia dos golpes, portanto. Isto é, das situações em que as regras são subvertidas iniquamente e a perceção coletiva, cultural, da sua sacralidade é tingida. Antropologicamente, estamos perante um caso clássico de descompasso entre o cumprimento da formalidade e a sua manipulação política, verificável em tantas áreas da vida, do parentesco ao ritual, da religião à... política. É por isso que a discussão sobre o caso brasileiro não pode cair em dois erros – quer antropológicos, quer políticos

Referências

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Publicado

01-12-2016

Como Citar

Vale de Almeida, M. (2016). Golpe Branco. Revista De Antropologia Da UFSCar, 8(2), 29–32. https://doi.org/10.52426/rau.v8i2.167

Edição

Seção

Dossiê Antropologia do Impeachment