Demarcação e Equivocação
uma reflexão a partir do caso da Terra Indígena Krῖkati
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v9i1.183Palavras-chave:
Terra Indígena, T/terra, Kr˜ikati, Timbira, demarcaçãoResumo
O presente artigo trata do processo de demarcação da Terra Indígena Krῖkati, que se localiza no sul do estado do Maranhão. A partir de discussão sobre os conceitos de terra, território, territorialidade e (des)territorialização, propõe-se refletir sobre os sentidos e consequências da demarcação de uma Terra Indígena, entendida como um movimento que esquadrinha a T/terra segundo a lógica proprietária característica da perspectiva moderno-ocidental. Por meio de uma etnografia de laudos de identificação presentes no processo realizado pela Funai, pode-se acompanhar as ações engendradas pelos documentos para estabilizar as fronteiras e eclipsar a multiplicidade presente na(s) terra(s) indígena(s). Na análise ganha evidência e importância as ações dos índios (sua política) e seus impactos na constituição dessa(s) T/terra(s). Procura-se compreender o que os processos revelam e, portanto, o que eles ocultam sobre a constituição de uma TI, provocando uma reflexão sobre o papel dos antropólogos nos processos de regularização fundiária.
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