Quatro ecologias afroindígenas
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v9i2.197Palavras-chave:
contramestiçagem, afroindígena, Bahia, ecosofia, Felix GuattariResumo
A partir da etnografia sobre um movimento cultural afroindígena do extremo sul da Bahia, indagamos: como recriar textualmente um mundo de modo a não reduzir ou compartimentalizar a diversidade da experiência cotidiana e sua potência criativa em segmentos monolíticos como política, religião, meio ambiente, subjetividade? Propõe-se uma leitura que visa experimentar a ideia de que a produção artística, a práxis política e a ecologia do movimento cultural estudado compõem um certo modo específico de lidar com um mundo povoado por seres viventes e não viventes e pelas múltiplas potências que deles irradiam.
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