Comentários à Mesa Redonda "Mestiçagens e (Contra)Mestiçagens Ameríndias e Afro-Americanas”
(coordenada por Francisco Pazarelli e Marcio Goldman XI Reunião de Antropologia do Mercosul, Montevidéu, dezembro de 2015)
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v9i2.213Palavras-chave:
mestiçagens, (contra)mestiçagensResumo
Graças ao convite para ser o comentador do GT da RAM Teorias etnográficas da (contra)mestiçagem pude experimentar a possibilidade de ser impactado por quatro textos potentes de uma forma muito particular. É esse impacto que eu gostaria de expressar tão brevemente quanto possível e ainda deixar algum espaço para que outras reações se façam mais importantes. Esses textos me aconteceram num momento em que estava sendo impactado por uma imagem na verdade de algo não muito extraordinário. É comum que jovens negros sejam metralhados nas grandes cidades brasileiras. O que me impactou não foi propriamente esse acontecimento ordinário, mas o sentido que se cristalizou no momento em que o pai de um dos cinco jovens que foram fuzilados, dizia algo do tipo: “Mas veja, é munição de guerra!”. Ocorreu-me imediatamente, numa solidariedade de pai: “Mas o que você esperava? Se trata de munições de guerra porque na verdade eles nunca nos declararam paz! Em algum momento disseram que a abolição foi decretada, mas nunca se decretou a paz entre as raças.”
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