Entrevista
Maria Rosário Gonçalves de Carvalho
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v8i2.173Palavras-chave:
Maria Rosário Gonçalves de Carvalho, EntrevistaResumo
Poucas pessoas conhecem tão profundamente os povos indígenas no Leste e no Nor- deste do Brasil como Maria Rosário Gonçalves de Carvalho. E menos pessoas ainda tive- ram ou têm o envolvimento e o compromisso que ela teve e tem com a defesa dos direitos dessas populações intensamente marginalizadas pela seca, pelas estruturas sociais e econômicas locais radicalmente desiguais, pela política indigenista federal e mesmo pela des- confiança, por parte de seus vizinhos não indígenas e dos próprios antropólogos, quanto à sua etnicidade. Autora de uma pioneira monografia sobre os Pataxó no sul da Bahia – que delineia, até hoje, os rumos das pesquisas com este povo nativo da região em que os portugueses primeiro tocaram o litoral da América portuguesa –, Rosário fez um breve détour pelos Kanamari no oeste da Amazônia, antes de retornar com força – intelectual e militante – sempre renovada às sociedades indígenas na porção mais oriental do território brasileiro, aquelas que vêm experimentando a brutalidade do contato e do convívio com os brancos há mais de quinhentos anos. Trabalho árduo, sem dúvida, que Rosário enfrenta com empenho e criatividade, como se pode conferir no artigo inédito da autora que sai publicado neste mesmo volume de R@U. Doutora em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), professora titular do Departamento de Antropologia e Etnologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Maria Rosário de Carvalho coordena, há anos (e na companhia de Pedro Agostinho e Edwin Reesink), o Programa de Pesquisas Sobre Povos Indígenas do Nordeste Brasileiro (Pineb) e o Fundo de Documentação Histórica Manuscrita sobre Índios da Bahia (Fundocin), duas iniciativas de grande impacto na produção acadêmica e na articulação política de intelectuais em defesa dos povos indígenas. Presente na UFSCar para um exame de qualificação em outubro de 2013, Rosário concedeu gentilmente aos estudantes do Grupo de Etnologia da UFSCar, na manhã do dia 02/09, esta entrevista. Entrevista, não. Aula, como se verá.
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