A política dos documentos

o modo de produção da técnica no caso do sistema brasileiro de classificação indicativa

Autores

  • Rodolfo Moraes Reis

DOI:

https://doi.org/10.52426/rau.v10i1.230

Palavras-chave:

documentos, técnica, políticas públicas, mídia e regulação, classificação indicativa

Resumo

A classificação indicativa consiste na análise dos produtos audiovisuais exibidos e comercializados em território brasileiro, com a indexação dos conteúdos considerados impróprios para crianças e adolescentes e a atribuição de uma faixa etária limite para o público. Essa agenda se fundamenta na concepção de que o estado deve auxiliar pais e responsáveis na gestão do contato dos seus filhos com produções midiáticas. Neste artigo, a partir de uma pesquisa etnográfica sobre o trabalho da Coordenação de Classificação Indicativa (COCIND/Ministério da Justiça), mapeio os trâmites burocráticos da análise de imagens fílmicas e televisivas, com foco em suas peças fundamentais: (a) o Guia Prático da Classificação Indicativa (b) e o relatório técnico de análise. Assim, investigo em que medida estes artefatos burocráticos corporificam um investimento nas ideias de padronização, objetividade e tecnicidade que compõem o imaginário normativo acerca das instituições públicas, constituindo um capital político de grande relevância: a produção de uma técnica.

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Publicado

01-06-2018

Como Citar

Reis, R. M. (2018). A política dos documentos: o modo de produção da técnica no caso do sistema brasileiro de classificação indicativa. Revista De Antropologia Da UFSCar, 10(1), 128–149. https://doi.org/10.52426/rau.v10i1.230

Edição

Seção

Dossiê Entre a Política e a Técnica: práticas de conhecimento em comparação

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