Antropoceno a partir da Améfrica Ladina
confluências contracoloniais versus transfluências monoculturais
DOI:
https://doi.org/10.14244/rau.v14i2.420Palavras-chave:
antropoceno, Améfrica Ladina, Resistências afroindígenas, contracolonizaçãoResumo
Neste artigo buscaremos, por meio de revisão bibliográfica, situar o debate sobre o Antropoceno considerando como território de análise o que Lélia Gonzalez denominou Améfrica Ladina, para refletir sobre os riscos de generalização do conceito de Antropoceno. A pluralidade de maneiras de ser humano apenas superficialmente contemplada pelo conceito de anthropos implica no reconhecimento de que não há como considerar o humano em geral como responsável pela destruição ambiental, nem como propor saídas para a crise que não levem em consideração tal pluralidade. Isso fica evidenciado pelo fato de os modos de existência afroindígenas ou afro-pindorâmicos terem outra relação com a natureza que não meramente instrumental/exploratória. Nesse sentido, ressaltaremos que as chamadas confluências contracoloniais, para usar o termo do pensador quilombola Antônio Bispo, são formas de resistência à catástrofe ecológica – ao contrário das transfluências, representadas pelo Agronegócio e pelas monoculturas coloniais.
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