Considerações familiares ou sobre os frutos do pomar e da caatinga

Autores

  • Ana Claudia Marques

DOI:

https://doi.org/10.52426/rau.v6i2.126

Palavras-chave:

família, parentesco, casa, sertão de Pernambuco

Resumo

Neste artigo me debruçarei sobre alguns conceitos e noções forjados com a finalidade de definir grupamentos solidários de base parental, dentro e fora do antropologia do parentesco, no intuito de examinar sua pertinência ao meu próprio material de campo no sertão pernambucano, em consonância com as diferentes abrangências a que alude ali o termo família, bem como aos processos de familiarização e desfamiliarização que ocorrem no interior e para além do campo estrito da família e do parentesco. A flexibilidade e indeterminação dos vínculos cognáticos e a extensão metafórica do parentesco sobre outros campos de relações impõem desafios analíticos, por vezes implícitos nos conceitos mais ou menos consagrados na antropologia. Primeiramente, examino diferentes acepções da noção de casa, de modo a confrontar sentidos nativos e analíticos a ela atribuídos. Esse exercício se desdobra no questionamento sobre os limites da correspondência entre algumas categorias sertanejas de parentesco e os termos da oposição entre parentesco biológico e social, que fundamenta, segundo Schneider, os estudos antropológicos do parentesco. No ensejo de introduzir nesse debate outras distinções não de imediato subsumidas àquela dicotomia, recorro ao conceito deleuziano de “virtual- eal” como instrumento analítico que permite elucidar distinções realizadas pelos próprios sertanejos com respeito ao parentesco e à família.  

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Publicado

01-12-2014

Como Citar

Marques, A. C. (2014). Considerações familiares ou sobre os frutos do pomar e da caatinga. Revista De Antropologia Da UFSCar, 6(2), 119–129. https://doi.org/10.52426/rau.v6i2.126

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