A rua, o mato e a foto
Antropologia e Imagem no Sertão Pernambucano
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v7i2.144Palavras-chave:
antropologia da família, antropologia visual, sertão pernambucano, fotografia, memóriaResumo
Este trabalho discute a forma como a fotografia, sobretudo aquelas dispostas em muitas residências do sertão pernambucano, auxilia no reconhecimento e fortalecimento da unidade familiar sertaneja. Estas imagens, que podem ou não compor uma coesa genealogia familiar, quando analisadas pelos que as detém remontam a diferentes histórias que correntemente tangem a história política local, uma vez que nesta região as noções de política e família muitas vezes se entrelaçam. O trabalho apresenta também um panorama das diferentes composições iconográficas nas zonas rurais e urbanas das residências sertanejas, que igualmente auxiliam na construção de suas identidades. A memória familiar no sertão está sempre, de uma forma ou de outra, tangenciando a política, e nessa relação a imagem age como o elo conector e fortalecedor de lembranças que possibilitam a continuidade da unidade e coesão familiar nos dias de hoje. Neste processo a rua e o mato entrelaçam-se através do tripé família, política e imagem, pela admiração que nutre a população do segundo por seus representantes na primeira, o que acaba também por refletir as dinâmicas vigentes de apadrinhamento político.
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