Gênero, cuidado e a reconfiguração da fronteira... fronteiras, fronteiras!
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v11i1.300Palavras-chave:
gênero, afetos, cuidado, Amazônia, etnografiaResumo
Como resultado de pesquisa antropológica baseada na porção brasileira da cidade transfronteiriça entre o Brasil, o Peru e a Colômbia (Tabatinga, AM), o presente artigo propõe uma reflexão teórico-metodológica sobre fronteiras como objeto de estudo para as ciências sociais, a partir da relação analítica da fronteira com a rede conceitual dos estudos antropológicos do cuidado, do gênero, da sexualidade, do corpo e dos afetos. Busco apresentar a fronteira como uma territorialidade performativamente real, múltipla e desdobrada em – e conectada com – muitos outros lugares, corpos e relações. Tal exercício pode propor ou provocar deslocamentos e afinações que me parecem necessárias nas formas como lidamos com a categoria fronteira, em particular nas suas relações com gênero e com dinâmicas actanciais de produção social. O artigo está baseado na reconfiguração de narrativas em que circuitos de afetos, dinâmicas de cuidado, corpos e fronteiras são articulados para favorecer os deslocamentos buscados.
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