De uma trajetória desenhada às experimentações etnográficas
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v12i2.346Palavras-chave:
desenhos, antropologia, oficinasResumo
Neste relato de pesquisa, parto de uma experiência pessoal com o desenho em trabalho de campo para chegar a experimentações etnográficas com diversas linguagens. Ao invés de uma centralidade em torno do desenho, a diversificação de linguagens passou a ser a tônica de experiências em grupos de trabalhos, oficinas, disciplinas acadêmicas e projetos de extensão. O efeito mútuo entre as grafias — provocação posta por Suely Kofes — é o que tem instigado as pessoas com quem tenho trabalhado atualmente. Pensando então na relação que as grafias podem ter, como de fato incorporar essa mistura e que efeitos ela traz para a pesquisa e a descrição? Como outras linguagens contaminam o nosso trabalho, além da escrita? O que as experimentações etnográficas apresentadas a seguir buscam fazer é explicitar a reunião e reflexão sobre elementos visuais e textuais que melhor atendem aos propósitos de seus projetos.
Referências
AZEVEDO, Aina. 2016a. “Um convite à antropologia desenhada.” METAgraphias: metalinguagem e outras figuras, 1(1):194-208.
______, 2016b. “Diário de campo e diário gráfico: contribuições do desenho à antropologia”. Áltera, 2(2):100-119.
______, 2016c. “Desenho e Antropologia — Recuperação histórica e momento atual”. Cadernos de Arte & Antropologia, 5(2):15-52. Disponível em: http://periodicos.unb.br/index.php/metagraphias/article/view/15821
______, no prelo. Uma análise da coleção de desenhos etnográficos do Museu Kunstkamera de São Petersburgo. Tessituras.
AZEVEDO, Aina e Sara Asu Schroer. 2016. “Weathering — a graphic essay”. Vibrant, 13(2):177-194.
AZEVEDO, Aina e Manuel João Ramos. 2016. “Drawing Close — on visual engagement in
fieldwork, drawings and the anthropological imagination”. Visual Ethnography, 5(1):135-160.
BOAL, Augusto. 2005. O Teatro do Oprimido e outras Poéticas Políticas. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira.
BRUNO, Fabiana. 2009. Fotobiografia: por uma metodologia da estética em antropologia. Tese de doutorado. Programa de Pós-Graduação em Multimeios, Universidade Estadual de Campinas.
CARDOSO, Thiago Mota. 2013. “Malhas Cartográficas — técnicas, conhecimentos e cosmopolítica do ato de mapear territórios indígenas”. In: IV Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia, Campinas.
CLIFFORD, James. 1998. “Sobre a autoridade etnográfica”. In: A experiência etnográfica. Rio de Janeiro: Editora UFRJ. pp. 17-62.
COSTA, Denise. 2019. Que leveza busca Vanda? Ensaio sobre a lida do cabelo crespo no Brasil e em Moçambique. Belo Horizonte: Letramento.
DAFLON, Rogério. 2016. “O porto maravilha é negro”. Agência Pública. Disponível em: https://apublica.org/2016/07/o-porto-maravilha-e-negro/
D’SALETE, Marcelo. 2017 Angola Janga: uma história de Palmares. São Paulo: Veneta.
GAMA, Fabiane. 2016. “Sobre emoções, imagens e os sentidos: estratégias para experimentar, documentar e expressar dados etnográficos”. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, 15(45):116-130.
INGOLD, Tim. 2015. Estar vivo — Ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis: Editora Vozes.
LAVE, Jane. 2015. “Aprendizagem como/na prática”. Horizontes Antropológicos, 44:37-47.
MERLEAU-PONTY, Maurice. 2004. O olho e o espírito. São Paulo: Cosac Naify.
PERROTTA-BOSCH, Francesco. s/d. “A arquitetura dos intervalos”. Serrote, Instituto Moreira Salles. Disponível em: https://www.revistaserrote.com.br/2013/12/a-arquitetura-dosintervalos-por-francesco-perrotta-bos-ch/
PINHEIRO, Patrícia dos Santos; PAIXÃO, Aline Maria Pinto da; SANTOS, Thayonara Marina dos. 2019. “As plantas do quilombo e seus usos: memórias, aprendizados e criatividade na comunidade quilombola de Mituaçu, Conde”. In: A. F. Gonçalvez, M. O. Andrade & O. H. Romero (orgs.), Do desenvolvimento à sustentabilidade: políticas socioambientais e experiências comunitárias. João Pessoa: Editora UFPB. pp. 85-102.
SCHROER, Sara Asu. 2014. On the Wing — Exploring human-bird relationships in falconry practice. Tese de doutorado. Departamento de Antropologia, Universidade de Aberdeen.
VALÉRY, Paul. 2012. Degas dança desenho. São Paulo: Cosac Naify.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Revista de Antropologia da UFSCar
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.