A antropologia política de Pierre Clastres em Crônicas dos índios Guayaki
o que sabem os Aché, caçadores nômades do Paraguai
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v3i1.53Palavras-chave:
Pierre Clastres, antropologia política, etnografiaResumo
O presente trabalho pretende relacionar teorias formuladas por Pierre Clastres sobre as sociedades ditas primitivas com o livro que resultou do trabalho de campo promovido pelo autor em 1963 entre grupos de caçadores nômades no território paraguaio. Para tanto, este ensaio busca tocar brevemente quatro pontos do pensamento teórico clastriano que se encontram presentes em Crônica dos índios Guayaki e que são desenvolvidos de maneira mais detida em célebres ensaios publicados pelo autor, a saber: a filosofia da chefia indígena; a história nas sociedades ditas primitivas; a dimensão política das alianças estabelecidas pela exogamia; e a ideia de que o etnocentrismo está em todas as sociedades, mas a prática etnocida não. A relevância do trabalho de campo de Clastres é dupla: pois, além de constituir uma etnografia extraordinária, fornece elementos empíricos que instigam reflexões mais amplas acerca da antropologia política das sociedades contra o Estado.
Referências
CLASTRES, Pierre. Crônica dos índios Guayaki: o que sabem os Aché, caçadores nômades do Paraguai. São Paulo: Editora 32. [1972] 1995. 251 p.
______. A Sociedade contra o Estado – pesquisas de antropologia política. São Paulo: Cosac Naify. [1974] 2004a. 279 p.
______. Arqueologia da violência – pesquisas de antropologia política. São Paulo: Cosac Naify. [1980] 2004b. 325 p.
GOLDMAN, Marcio. Lévi-Strauss e os sentidos da História. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 42, n. 1-2, p. 223-238, 1999.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista de Antropologia da UFSCar
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.