Imagens Trans

A fotografia como foco da pesquisa antropológica com travestis e transexuais

Autores

  • Marcela Vasco

Palavras-chave:

antropologia visual, fotografia, memória, transexuais, travestis

Resumo

O retrato de infância de uma pessoa trans é um resquício material que mostra exatamente o pertencimento a uma categoria de gênero a qual foi preciso superar através de uma transformação corporal marginalizada e muitas vezes traumática. Diante da fotografia, é impossível negar a existência de seu passado. Dessa forma, a imagem se coloca neste trabalho como um componente fundamental para entendermos não só as relações que transexuais e travestis estabelecem com seus retratos de infância, mas também enquanto um importante caminho etnográfico de evocação da memória e de apreensão do sensível na antropologia.

Referências

BARBOSA, Andréa. 2009. “Significados e sentidos em textos e imagens”. In: Andrea Barbosa; Edgar Teodoro da Cunha; Rose Satiko Hikiji (orgs.). Imagem-conhecimento: antropologia, cinema e outros diálogos. Campinas: Papirus. pp. 71-84.

BARTHES, Roland. 1984. A câmara clara. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. BAZIN, André. 1991. “Ontologia da imagem fotográfica”. In: ________. O cinema: ensaios. São Paulo: Brasiliense. pp. 19-26.

BENJAMIN, Walter. 1996. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Brasiliense.

BERGSON, Henry. 1999. Matéria e memória: ensaio sobre a relação do corpo com o espírito. São Paulo: Martins Fontes.

BOSI, Ecléa. 1994. Memória e sociedade: lembranças de velhos. São Paulo: Companhia das Letras.

BUTLER, Judith. 2002. Cuerpos que importan: sobre los límites materiales y discursivos del “sexo”. Buenos Aires: Paidós.

________. 2008. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

CAIUBY NOVAES, Sylvia. 2008. “Imagem, magia e imaginação: desafios do texto antropológico”. Mana, XIV(2): 455-475.

CLIFFORD, James. 2011. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ.

DELEUZE, Gilles. 1999. Bergsonismo. São Paulo: Ed. 34.

DIDI-HUBERMAN, Georges. 2012. “Quando as imagens tocam o real”. Pós, II (4): 204-219.

EDWARDS, Elizabeth; GOSDEN, Chris; PHILIPS, Ruth. 2006. Sensible objects: colonialism, museums and material culture. Oxford: Berg.

MALINOWSKI, Bronislaw. 1978. Os argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural.

MARTINHO DE MENDONÇA, João. 2005. Pensando a visualidade no campo da Antropologia: reflexões e usos da imagem na obra de Margaret Mead. Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas,

MEAD, Margaret; BATESON, Gregory. 1962. Balinese Character: a photographic analysis. Nova York: Academy.

POLLAK, Michael. 1989. “Memória, esquecimento, silêncio”. Estudos Históricos, II (3): 3-15.

PRECIADO, Beatriz. 2002. Manifesto contra-sexual: prácticas subversivas de identidad sexual. Madri: Pensamiento Opera Prima.

SAMAIN, Etienne. 2005. “Um retorno à Câmara clara: Roland Barthes e a Antropologia Visual”. In: ________. (org.) O fotográfico. São Paulo: Hucitec/Senac. p. 115-128.

________. (org.). 2012a. Como pensam as imagens. Campinas: Editora da Unicamp.

________. 2012b. “As peles da fotografia: fenômeno, memória/arquivo, desejo”. Visualidades, XX(1): 151-164.

Downloads

Publicado

01-12-2013

Como Citar

Vasco, M. . (2013). Imagens Trans: A fotografia como foco da pesquisa antropológica com travestis e transexuais. Revista De Antropologia Da UFSCar, 5(2), 145–156. Recuperado de https://rau2.ufscar.br/index.php/rau/article/view/103

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.