As duas velocidades na floresta de Kohn
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v5i1.142Palavras-chave:
relações interespecíficas, semiótica, pós-humanismo, AmazôniaResumo
Ao circular na confluência entre a semiótica, o interesse pós-humanista pelas relações
interespecíficas e uma refinada etnografia dos Ávila Runa e da floresta em que eles habitam, Eduardo Kohn estabelece um itinerário desafiador na elaboração de uma antropologia além do humano. Este artigo parte das chaves analíticas desta peculiar etnografia das florestas, busca os contrapontos à “variação perspectivista” do autor e avalia os movimentos deste cruzamento entre etnologia e etologia que tenta a compreensão das comunicações não humanas com os humanos e entre si. No esforço por superar os limites do excepcionalismo humano, How Forests Think desafia à etnologia amazonista numa análise aberta às diversas camadas da vida tropical, ao avançar num movimento “a duas velocidades”.
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