A máscara dos Outros

apropriação e inovação ritual nas relações de alteridade na região do Brasil Central

Autores

  • Stéphanie Tselouiko

DOI:

https://doi.org/10.52426/rau.v11i2.311

Palavras-chave:

Mẽbêngôkre, Karajá, circulação/apropriação ritual, dualidade, nominação

Resumo

Os Mẽbêngôkre-Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá realizam uma festa que chamam Bô toro (dança do Bô) e que deriva de um ritual que tomaram emprestado dos índios Karajá, com quem estabeleceram uma aliança no final do século XIX para lutar contra seus inimigos comuns, os Mẽbêngôkre-Kayapó. Atualmente, o Bô toro é realizado não somente entre os Xikrin, mas também entre os Kayapó. Há, no entanto, diferenças nas funções rituais entre os dois subgrupos Mẽbêngôkre. Através desta experiência de apropriação e inovação ritual, procuraremos entender como esta festa possibilita colocar em ação a relação de alteridade que os Mẽbêngôkre constantemente buscam para incluir elementos estrangeiros aos seus modos de vida e, assim, reproduzir a sua comunidade. O processo de apropriação e de inovação ritual deixará aparecer uma influência das festas de nominação mẽbêngôkre.

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Publicado

01-12-2019

Como Citar

Tselouiko, S. (2019). A máscara dos Outros: apropriação e inovação ritual nas relações de alteridade na região do Brasil Central. Revista De Antropologia Da UFSCar, 11(2), 110–141. https://doi.org/10.52426/rau.v11i2.311

Edição

Seção

Outras imagens do pensamento para a etnologia dos povos Jê do Brasil Central

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