A produção de discursos nas demandas de acesso e uso de áreas de preservação ambiental para rituais afro-brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v10i1.234Palavras-chave:
religiões afro-brasileiras, espaço públicoResumo
A etnografia das reuniões do grupo Elos da Diversidade, formado por membros da sociedade civil e agentes públicos vinculado a um programa da Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro, entre dezembro de 2012 e março de 2014, possibilita pensar como o uso de conhecimentos administrativos, científicos e religiosos são empregados na administração de conflitos motivados pela presença de oferendas no Parque Nacional da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro. Trata-se de uma reflexão acerca do lugar dos coordenadores do grupo como produtores de discursos voltados tanto para os religiosos de matriz afro-brasileira quanto para os funcionários do parque e representantes do poder público, a fim de garantir a legitimidade (e legalidade) das práticas rituais na natureza. A controvérsia em torno das oferendas possibilita refletir sobre as limitações das competências discursivas dos religiosos afro-brasileiros no debate público, em diferentes situações de interação.
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