Entre uma consciência que recorta e um intelecto que totaliza
Continuidade e Descontinuidade em Henri Bergson e Claude Lévi-Strauss
DOI:
https://doi.org/10.52426/rau.v1i1.4Palavras-chave:
continuidade, descontinuidade, signo, Lévi-Strauss, BergsonResumo
O presente artigo apresenta uma reflexão comparativa entre as obras de Claude Lévi-Strauss e Henri Bergson. Tomo como ponto de partida os modos com os quais trabalham as noções de continuidade e descontinuidade, visando mostrar como essas noções se localizam no interior de uma problemática mais ampla, a qual julgo ser compartilhada por ambos: a questão da consciência e seu comércio com o real. Para tal, algo imprescindível é a operacionalidade que cada um confere ao elemento simbólico da experiência humana. É exatamente esse trato diferencial com o qual os signos são figurados em cada uma das obras, ora como impedimento, ora como condição de possibilidade de integração da experiência sensível, que nos permite vislumbrar os diferentes modos como esses autores prosseguem cada qual sua análise do comércio acima referido.
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