É nós por nós mesmos
juventude e pandemia na região de fronteira
DOI:
https://doi.org/10.14244/rau.v14i2.433Palavras-chave:
juventudes, fronteira, experiência, provas, suportesResumo
Este artigo apresenta a percepção de um grupo de jovens residentes na região da tríplice fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai) sobre sua experiência social durante o período pandêmico. O trabalho se desenvolveu em continuidade a uma pesquisa anterior à pandemia, mas realizada sob as novas condições de segurança sanitária. Seguindo uma perspectiva qualitativa de pesquisa foram feitas entrevistas online com um grupo de 15 jovens. Tomou-se como referencial teórico as categorias de prova e suporte desenvolvidas por Martuccelli com o intuito de perceber a experiência social dos indivíduos. Observa-se ao longo do trabalho que a pandemia rompeu com a normalidade da vida social da região, porém exacerbando aqueles aspectos já vivenciados pelos participantes da pesquisa. Por um lado, acentuou-se a informalidade, a precariedade, certa fragmentação da vida social e a incerteza quanto ao futuro. Por outro, observou-se a proeminência das relações familiares como suporte a esses jovens reafirmando a centralidade desta instituição social.
Referências
ARAUJO, Katia & MARTUCCELLI, Danilo. 2010. “La individuación y el trabajo de los indivíduos”. Educação e Pesquisa, 36(especial): 77-91.
_____. 2012. Desafíos comunes: Retrato de La Sociedad Chilena y Sus Indivíduos. Tomo 1. 1° edición. Santiago: LOM Ediciones.
DARDOT, Pierre & LAVAL, Christian. 2016. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. 1° edição. São Paulo: Boitempo.
DUBET, François. 1994. Sociologie de l’expérience. 2° edition. Paris: Seuil.
_____. 1998. “A Formação dos Indivíduos: a desinstitucionalização”. Contemporaneidade e Educação, 3(3): 27-33.
_____. 2020.O Tempo das paixões tristes. 1° edição. São Paulo: Vestígio.
MARTUCCELLI, Danilo & SINGLY, François. 2012. Las sociologías del individuo. 1° edición. Santiago: LOM Ediciones.
MARTUCCELLI, Danilo. 2007a. Cambio de rumbo: La sociedad a escala del individuo. 1° edición. Santiago: LOM Ediciones.
_____. 2007b. Gramáticas del individuo. 1° edición. Buenos Aires: Losada.
_____. 2012. Existen individuos em El Sur? Santiago: LOM Ediciones.
PAIS, José Machado. 2003. Ganchos, tachos e biscates: jovens, trabalho e futuro. Lisboa: Âmbar.
POZZO, Anibal. 2014. “Paraguay y sus fronteras. Apuntes sobre culturas em movimento em territórios que se reconfiguran”. In: Diana Araujo Pereira (ed.), Cartografia Imaginaria da Tríplice Fronteira. 1° edição. São Paulo: Dobra Editorial. pp. 13-29
SARTI, Cynthia Andersen. 2004. “Família como ordem simbólica”. Psicologia USP, 15 (3): 11-28.
SERRES, Michel. 2015. Polegarzinha – Uma nova forma de viver em harmonia, de pensar as instituições, de ser e de saber. 1° edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
SHULTZ, Alfred. 1979. Fenomenologia e relações sociais. Rio de Janeiro: Zahar.
SIMMEL, Georg. 2006. Questões fundamentais da sociologia: indivíduo e sociedade. Rio de Janeiro: Zahar.
SILVA, Regina Coelho Machado. 2013. “Vidas, nações e Estados se fazendo nas fronteiras entre Brasil, Paraguai e Argentina”. Revista do Centro de Educação, Letras e Saúde da UNIOESTE, 15(2): 10-32.
SPOSITO, Marilia Pontes (org.) 2009. O Estado da Arte sobre juventude na pós-graduação brasileira: Educação, Ciências Sociais e Serviço Social (1999-2006). Belo Horizonte: Argumentum.
TELEES, Vera da Silva. 1999. “A ‘nova questão social’ brasileira ou como as figuras do nosso atraso viraram símbolo da nossa modernidade”. Cadernos CRH, 30(3): 85-110.
_____. 2010. A cidade nas fronteiras do legal e ilegal. 1° edição. Belo Horizonte: Argumentum.
WEBBER, Maria Aparecida. 2022. “Cruzando Fronteras en Busca de Formación Médica”. Revista GeoPantanal - UFMS, 32: 117-127.
VELHO, Gilberto. 1981. Individualismo e Cultura: notas para uma antropologia das sociedades contemporâneas. Rio de Janeiro: Zahar Editores.
_____. 1994. Projeto e Metamorfose: Antropologia das Sociedades Complexas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista de Antropologia da UFSCar
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.