Pessoalidade, janelas indiscretas e intimidade forçada na vivência de um prédio popular
DOI:
https://doi.org/10.14244/rau.v15i2.463Palavras-chave:
João Pessoa, experiência etnográfica, pessoalidade, vizinhança, conhecimento mútuoResumo
A experiência de moradia em um prédio popular na zona sul da cidade de João Pessoa-PB é o que norteia esta reflexão em torno de relações com a vizinhança baseadas na pessoalidade e na intimidade forçada, possibilitada pelas janelas indiscretas dos apartamentos. O residencial X2, no bairro de Mangabeira, é o universo de análise onde transcorrem as dinâmicas cotidianas que configuram a experiência etnográfica de vivenciar trocas intersubjetivas estreitas e duradouras, se baseando em observações, escutas e conversas informais, bem como na participação de situações corriqueiras, para construir o material analítico que sustenta a reflexão. Este artigo é, portanto, uma análise das nuances de como é viver em um prédio popular onde todos se conhecem e tudo é conhecido por todos.
Referências
Aboim, Sofia (2012). Do público e do privado: uma perspectiva de gênero sobre uma dicotomia moderna. Revista Estudos Feministas, v. 20, n. 1, pp. 95-117.
Cardoso de Oliveira, Roberto (1996). O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir e escrever. Revista de Antropologia, v. 39, n. 1, pp. 13-37.
Goffman, Erving (2010). Comportamento em lugares públicos. Petrópolis, RJ: Vozes.
_______ (2012). Ritual de Interação: Ensaios sobre o comportamento face a face. Petrópolis, RJ: Vozes.
Koury, Mauro Guilherme Pinheiro (2018). Os homens comuns pobres na expansão do núcleo urbano de João Pessoa, PB: A periferização da cidade. Sociabilidades Urbanas - Revista de Antropologia e Sociologia, v. 2, n. 5, pp. 15-28.
Lavieri, João Roberto; Lavieri, Beatriz (1999). Evolução da estrutura urbana recente de João Pessoa - 1960 a 1986. Textos UFPB-NDIHR, n. 29, pp. 01-47.
Magnani, José Guilherme Cantor (2009). Etnografia como prática e experiência. Horizontes Antropológicos, ano 15, n. 32, pp. 129-156.
Maia, Doralice Sátyro (2014). Habitação popular e o processo de periferização de fragmentação urbana: uma análise sobre as cidades de João Pessoa-PB e Campina Grande-PB. Geosul, v. 29, n. 58, pp. 89-113.
Negrão, Ana Gomes (2012). Processo de produção e reprodução da cidade: Um estudo sobre os estágios evolutivos ao longo dos espaços estruturados pelo corredor da avenida Dom Pedro II, João Pessoa, Paraíba. Dissertação de Mestrado, PPGEUA/Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.
Nunes, Anselmo de Oliveira (2017). Memórias e histórias dos moradores da comunidade de mangabeira. In VIII Congresso Internacional de História e XXII Semana de História, Maringá-PR, Brasil.
Oliveira, José Luciano Agra de (2006). Uma contribuição aos estudos sobre a relação transporte e crescimento urbano: O caso de João Pessoa-PB. Dissertação de Mestrado, PPGECA/Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.
Peirano, Mariza (2000). A antropologia como ciência social no Brasil. Etnográfica, v. 4 (2), pp.219-232.
Pontes, Williane Juvêncio (2021). Transformando o espaço em lugar: uma etnografia sobre a Comunidade do Timbó, João Pessoa-PB. Recife-PE: Edições Grem-Grei.
_____ (2023). Periferização e estratégias de resistência: a formação de uma comunidade a partir do processo de crescimento urbano de João Pessoa-PB. Ponto Urbe, v. 31, n. 1, pp. 1-21.
Prado, Roseane (1998). Cidade Pequena: paraíso e inferno da pessoalidade. Cadernos de Antropologia e Imagem, n. 4, pp. 31-56.
Silva, Priscila Anne Monteiro da (2014). Bairro de Mangabeira: Um subcentro urbano na cidade de João Pessoa/PB. Trabalho de Conclusão de Curso. CCEN/Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB, Brasil.
Velho, Gilberto (1978). Observando o familiar. In: Nunes, Edson de Oliveira (Org.). A aventura sociológica: Objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social (pp. 36-46). Rio de Janeiro: Zahar.
_____ (1980). A utopia urbana: um estudo de antropologia social. Rio de Janeiro: Zahar.
_____ (1998). Nobres e anjos. Um estudo de tóxicos e hierarquia. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas Editora.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista de Antropologia da UFSCar
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.