A multicausalidade da microcefalia (Recife, Pernambuco)

Autores

  • Soraya Fleischer UNB

DOI:

https://doi.org/10.52426/rau.v13i2.398

Palavras-chave:

epidemia do Vírus Zika, microcefalia, Refice, Antropologia da Ciência

Resumo

Aolongodequatroanos (2016-2019), acompanhei um conjunto de famílias atingidas pela epidemia do Vírus Zika na região metropolitana doRecife. Pernambuco, depois da Bahia, foi o estado com mais nascimentos de crianças com a Síndrome Congênita do Vírus Zika, cerca de 14% do total de casos confirmados no país, quase 4.000. Ouvi diferentes explicações para a cabeça pequena, asdeficiências, a forma física com que essas crianças chegaram ao mundo. Aqui, amparada por um acervo expressivo de diários de campo e tambémpor umconjunto de revisões sobre ciência e cientistas, particularmente de matriz feminista, discutirei um quadro de multicausalidade para a cabeça diminuta dessas crianças que aciona, por exemplo, vírus, vetores e vacinas, mas sobretudo tecnociências, especialistas e o Estado. Pondero sobre alguns limites e estratégias, possíveis destinatários e o caldo crítico que as várias explicações para a microcefalia podem gerar para a Antropologia da Ciência.

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Publicado

25-11-2022

Como Citar

Fleischer, S. (2022). A multicausalidade da microcefalia (Recife, Pernambuco). Revista De Antropologia Da UFSCar, 13(2), 188–216. https://doi.org/10.52426/rau.v13i2.398

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