Mover-se nas fronteiras

percursos, políticas e saberes transfronteiriços

Autores

  • Flávia Melo

DOI:

https://doi.org/10.52426/rau.v11i1.303

Palavras-chave:

fronteiras, percursos, estado, etnografia

Resumo

Perseguindo os movimentos de diferentes personagens, eu inclusive, no território amazônico concebido como a tríplice fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, experimento neste artigo um exercício de reflexividade antropológica forjado na contextura de diferentes biografias e cartografias nas quais a produção de territórios, de fronteiras nacionais e identitárias embaralham-se a políticas de Estado, crônicas familiares e temporalidades diversas. Revisitando uma intensa experiência de ensino e pesquisa em antropologia nessa mesma região, especulo sobre os seus efeitos e contribuições para uma teoria etnográfica na fronteira.

Referências

ALBUQUERQUE, Lindomar. 2009. “A dinâmica das fronteiras: deslocamento e circulação dos “brasiguaios” entre os limites nacionais”. Horizontes antropológicos, (15)31, pp. 137-166.

ALBUQUERQUE, Rodrigo Andrade. 2013. Cotidiano da Polícia Militar do Amazonas em Benjamin Constant/AM. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Amazonas.

ANZALDUA, Gloria. 1987. Borderlands/La Frontera: The New Mestiza. San Francisco, California: Aunt Lute Books.

ANZALDUA, Gloria. 2000. Interviews/Entrevistas. New York: Routledge.

BASTOS, Cristiano. 2006. “Federal do Amazonas recebe R$ 2 milhões para abrir área de antropologia”. Portal do Ministério da Educação, 22/08/2006. Disponível em http://portal.mec.gov.br.

CAMPOS, Ana Maria de Mello. 2012. Dilemas da maternidade: assistência a grávidas na rede municipal de saúde de Benjamin Constant/AM. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Amazonas.

CANDOTTI, Fabio M. 2017a. “Sobre linhas de segmentação “amazônicas”: dispositivos de saber e movimento”. In: Seminário Permanente Gênero e Territórios de Fronteira. Mesa 4 Gênero, Relação e Reconceitualização de Fronteira. 2 de junho de 2017. Disponível em http://cameraweb.ccuec.

CANDOTTI, Fabio M. 2017b. “Algumas ideias para uma analítica descolonial da Amazônia”. In: Seminário Internacional Gênero e Territórios de Fronteira. Mimeo.

CARDOSO, Ruth Corrêa Leite. 1988. A aventura antropológica. São Paulo/SP: Paz & Terra.

CARSTEN, Janet. 2014. “A matéria do parentesco”. R@U, 6 (2), jul./dez., pp. 103-118.

DUARTE, Helena. 2011. A atuação do 46º DP no atendimento à violência doméstica e familiar contra mulher no município de Atalaia do Norte/AM. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Amazonas.

EVANS-PRITCHARD, Edward. 1978. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Zahar Editores.

GREGORIO, Vitor Marcos. 2009. “O progresso a vapor: navegação e desenvolvimento na Amazônia do século XIX”. Nova economia, (19) 01, pp. 185-212.

HATOUM, Milton. 2000. Dois irmãos. São Paulo: Companhia das Letras.

INGOLD, Tim et al. 2012. “Diálogos vagueiros: vida, movimento e antropologia”. Ponto Urbe [Online], 11.

INGOLD, Tim. 2000. The perception of the environment. Essays in livelihood, dwelling and skill. Londres: Routledge.

INGOLD, Tim. 2011. Being Alive: Essays on movement, knowledge and description. Londres: Routledge.

INGOLD, Tim. 2015. Estar Vivo: Ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Petrópolis: Editora Vozes.

LAPLANTINE, François & NOUSS, Alexis. 1997. Le métissage. Paris, Flammarion.

LIMA, Bagdala Cajueiro. 2010. Fazendo babado: estudo do cotidiano das profissionais do sexo em Tabatinga/AM. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Amazonas,.

LIMA, Frederico. 2013. Os soldados da borracha, das vivências do passado às lutas contemporâneas. Dissertação de Mestrado. PPGH, Universidade Federal do Amazonas.

LOPES, Elane. 2013. A relação do serviço social e o cliente no Hospital de Guarnição de Tabatinga. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Amazonas.

MAGUTA. 1988. A Lágrima Ticuna é Uma Só. Maguta - Centro de Documentação e Pesquisa do Alto Solimões/Museu Nacional/CEDI.

MAIA, Ester Francisca Olindina Mesquita Gomes Lopes. 2014. Dilemas da adoção: estudo antropológico sobre um processo de adoção de indígena em Atalaia do Norte/AM. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Amazonas.

MARQUES, Adriana A. 2007. Amazônia: pensamento e presença militar. Tese de doutorado. PDCP, Universidade de São Paulo.

MENDES, Mislene. 2014. A trajetória da Polícia Indígena do Alto Solimões: política indigenista e etnopolítica entre os Ticuna. Dissertação de Mestrado. PPGAS, Universidade Federal do Amazonas.

MOUTINHO, Laura. 2004. “Raça, Sexualidade e Gênero na Construção da Identidade Nacional: Uma Comparação entre Brasil e África do Sul”. Cadernos Pagu (UNICAMP), São Paulo, 23, pp. 56-88.

OLIVAR, Jose Miguel Nieto. & MELO DA CUNHA, Flávia. 2018. “Gender, narratives and perspectives: notes toward an anthropological understanding of government on the border between Brazil, Peru and Colombia”. Special Journal Edition Gender Studies and Borderlands. Eurasia Border Review, vol. 09, pp. 87-108.

OLIVEIRA, Rosana Lima de. 2015. Entre a prática e a legalidade: análise de diferentes percepções sobre o aborto. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Amazonas.

PRATES, Rodolfo & BACHA, Carlos. 2011. “Os processos de desenvolvimento e desmatamento da Amazônia”. Economia e Sociedade, v. 20, n. 3 (43), pp. 601-636.

RANGEL, Alberto. 2001[1908]. Inferno verde: cenas e cenários do Amazonas. Manaus: Valer/Governo do Estado do Amazonas.

REIS, Arthur Cézar Ferreira, 1989. História do Amazonas. 2a ed. Belo Horizonte: Ed. Itatiaia; Manaus: Superintendência Cultural do Amazonas.

SANGAMA, Vanuza. 2011. Fatos e dramas: O papel do sistema de justiça na solução de conflitos de gênero Benjamin Constant/AM. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Amazonas.

SILVA, Zenete Ruiz da. 2011. Práticas pedagógicas interculturais na tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru: um estudo na Escola Estadual Marechal Rondon. Dissertação de mestrado. PPGE, Universidade Federal de Santa Catarina.

SOUZA, Rizonete Gomes de. 2014. De pesquisadora a sujeito da pesquisa: como ser uma sem ser outra. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Amazonas.

STOLKE, Verena. 2008. “Los mestizos no nacen sino que se hacen”. In: STOLKE, Verena. Identidades ambivalentes en América Latina (siglos XVI-XXI). Barcelona: Edicions Bellaterra.

TAPUDIMA, Raimunda Cardoso. 2014. Aborto: a lei e o silêncio. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em Antropologia, Universidade Federal do Amazonas.

TAVARES, Fátima et al. 2010. Experiências de ensino e prática em Antropologia no Brasil. Brasília/DF: Ícone Gráfica e Editora.

TRAJANO, Jose Maria. 2010. “Bacharelado em antropologia em Benjamin Constant, Amazonas”. In: TAVARES, Fátima et al. Experiências de ensino e prática em Antropologia no Brasil. Brasília/DF: Ícone Gráfica e Editora.

Downloads

Publicado

01-06-2019

Como Citar

Melo, F. (2019). Mover-se nas fronteiras: percursos, políticas e saberes transfronteiriços. Revista De Antropologia Da UFSCar, 11(1), 599–622. https://doi.org/10.52426/rau.v11i1.303

Edição

Seção

Dossiê: Corpos, fronteiras, gênero e sexualidade

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.